segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Momento de transição

Tenho percebido que todos estão em espectativa sobre o momento da transição. Especulam de um lado, meditam, rezam e por aí vai. Tudo isto é muito importante no sentido de termos a certeza de que algo está para acontecer e melhor, que algo deve acontecer para que um novo mundo nasça, uma nova consciência! É muito interessante estarmos em busca e de certa forma nos preparando. Em nossas meditações, que abramos nossas cabeças, treinemos a expansão da consciência, para que nada nos assuste, para que não tenhamos medo, porque o medo limita e cega e, cegos não iremos perceber o caminho que se abre diante de nós.
Sinto que o mais importante neste momento, é termos equilíbrio emocional, trabalharmos o desapego. Podemos começar a fazer isto, passando a respeitar a escolha do outro. Respeitar com amor. Não olhem para ninguém como se fossem superiores. Muita coisa ainda está para acontecer, todos terão a oportunidade de caminhar na luz, uns dizem sim primeiro, outros dirão sim depois e, outros ainda dirão simplesmente não.
E tudo continuará como tem que ser. O amor é um só, o amor não pode ser dividido em categorias, o amor simplesmente é. Não permitam que mesmo aqueles que julguem a pior das pessoas, vá embora deste mundo sem que sua última visão seja um olhar de amor. Amem, sejam o amor. Quando realmente aprendermos a amar, teremos o desapego, o respeito, a compaixão... Por isto o Amor é a chave, basta ele para que tudo aconteça.
Tudo que tiver de acontecer,deverá ser recebido como um presente. Mesmo os que se prendem na ilusão e optarem por ir embora, estarão recebendo um presente. Respeitem a decisão pessoal de cada um, mesmo a pessoa sendo muito próxima e querida, ela tem o direito de fazer escolhas diferentes das nossas. Amar é respeitar, respeitar é amar. Vamos acolher todos com carinho. Vamos nos unir e apoiarmos uns aos outros.
É o momento de nos centrarmos emocionalmente, é através do emocional que andamos para frente ou para trás. Um emocional equilibrado pode nos elevar, mas um emocional fragilizado leva-nos a depressão. Deprimindo a ação, seremos alvo fácil para os manipuladores. Não sejamos prisioneiros de nós mesmos. Só emocionalmente saldáveis poderemos nos expor a vida, e estando presente na unidade, não importa aonde estejamos, seremos alcançados pela freqüência maior. Tenhamos confiança e não o medo, não precisamos ficar o tempo todo nos protegendo. O emocional é o próprio campo de força. Quanto mais vibrarmos positivamente, mais aumentaremos nosso campo de força.
Vamos nos conectar com a Luz maior, trazer esta Luz para dentro de nossos corpos e expandir esta Luz. Assim estaremos sempre protegidos, não importa aonde estejamos. Estejam sempre na Luz, sejam esta Luz! Muito amor, Thereza.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

É preciso coragem para a felicidade maior

É preciso realmente coragem para a felicidade maior. A grande conquista é segurar o fácil e claro e olhar adiante, deixando para trás todo o anterior. Toda tentativa de voltar atrás é uma fuga do peso da felicidade. Pois sim que a felicidade é fácil!
Aliás precisa de uma grande coragem porque, no final, esta felicidade maior só pode ser conservada como um presente não merecido, para o qual não se pode e não se deve pagar nada. Isto é humildade.
Quando esta felicidade se mostra, alguns dizem: tenho ainda um problema que não está totalmente resolvido. Eles se afastam da felicidade que já têm nas mãos. Com isso a felicidade maior fica destruída; é novamente pequena e nós nos encontramos novamente na infelicidade habitual. Isto faz a maioria das pessoas ficarem felizes. Porque não é preciso fazer mais nada, ela vem por si só - por assim dizer.

Bert Hellinger - A fonte não precisa perguntar pelo caminho

Solidão

Quando não nos sentimos fazendo parte de algo, sentimos uma profunda solidão.
Nossa alma clama por nossos iguais.

sábado, 7 de novembro de 2009

Hellinger Sciencia

O que é a Hellinger Sciencia?



A Hellinger Sciencia

Introdução e visão geral

A Hellinger Sciencia, aqui propositalmente escrito dessa maneira, é uma ciência do amor do espírito. É uma scientia universalis - a ciência universal das ordens da convivência humana, começando pelas relações nas famílias, ou seja, pelo relacionamento entre homem e mulher e entre pais e filhos, incluindo sua educação, passando pelas ordens no âmbito do trabalho, na profissão e nas organizações, chegando até as ordens entre grupos extensos como, por exemplo, povos e culturas.

Ao mesmo tempo é a scientia universalis das desordens que levam a conflitos no âmbito da convivência humana, que separam as pessoas ao invés de uni-las.

Estas ordens e desordens também são transferidas para o corpo. Têm um papel importante em relação às doenças e à saúde física, anímica e espiritual.

Por que esta ciência denomina-se Hellinger Sciencia? Eu obtive e descrevi essas compreensões. Examinei-as publicamente através de ações práticas. Assim sendo, muitos puderam verificar os efeitos dessas compreensões em si mesmo tanto em seus relacionamentos quanto nas suas ações. Nisso se mostra que se trata de uma verdadeira ciência.

Enquanto ciência, a Hellinger Sciencia está em movimento. Isso significa que se encontra em constante desenvolvimento, também através das compreensões e experiências de muitos outros que se abriu para ela – e também para as suas conseqüências. Enquanto ciência viva, a Hellinger Sciencia não é uma “escola” como se já estivesse sido concluída e pudesse ser transmitida e ensinada como algo definitivo. Assim sendo, também não existe um controle do seu sucesso, de maneira que pudesse ser avaliada através de parâmetros externos e como se tivesse que se justificar de acordo com estes parâmetros. Justifica-se através de seus efeitos e do seu sucesso. Trata-se de uma ciência aberta em todos os sentidos.

A dimensão espiritual

Além das compreensões imediatas sobre as ordens e desordens nas nossas relações a Hellinger Sciencia atingiu ainda uma outra dimensão – uma dimensão espiritual. Somente a partir dela obtém-se consciência da extensão dessas compreensões. Somente a partir dela seu significado universal e as suas conseqüências tornam-se perceptíveis em todas as áreas.

O que é esta compreensão espiritual e quais as suas dimensões? Esta compreensão parte de uma observação e suas conseqüências: tudo que existe não se movimenta por si mesmo, mas é movimentado por algo externo. Tudo que vive, mesmo quando se movimenta como se estivesse se movimentando por conta própria, tem um movimento que não pode partir dele mesmo. Portanto, todo movimento, incluindo o movimento de tudo que vive resulta de um movimento que vem de fora. E isto não se aplica apenas ao início do movimento, mas, continuamente, por todo o tempo que esta vida dura.

Algo mais deve ser considerado aqui. Todo movimento, principalmente todo movimento de algo vivo, é um movimento consciente, com propósito. Este conceito pressupõe uma consciência naquela força que tudo movimenta. Em outras palavras: todo movimento é um movimento pensado. O movimento começa porque é pensado por esta força e entra em movimento da maneira como é pensado.

O que, então, encontra-se no início de cada movimento? Um pensar que pensa tudo da maneira como é.

O que resulta disso? Para este pensar não existe nada que ele não queira da maneira como é e exatamente da maneira como se movimenta. No final todo movimento é um movimento do espírito. E assim sendo, nada termina para este espírito. Tudo que foi é: ele ainda pensa da mesma maneira como nos pensa no passado, no presente e como pensa, ao mesmo tempo, em tudo que ainda estar por vir.

Porque pensa naquilo que está por vir, ao mesmo tempo, em que pensa no passado, o passado se refere àquilo que ainda esta por vir em tudo. Aquilo que já passou, movimenta-se em direção daquilo que esta por vir e lá é concluído.

Porém, também aquilo que ainda está por vir se tornará passado e como algo passado se movimentará em direção a algo que está por vir. Não podemos imaginar que este pensar que tudo movimenta termine. Assim como não pode existir nada que não seja pensado por ele, não pode existir nada após ele. Pois, quem ou o quê poderia pensar depois dele?

Diante desse pensamento muitas suposições e imaginações, até então importantes para nós, deixam de existir. Por exemplo, a pressuposição da existência de um livre arbítrio, a idéia da responsabilidade pessoal. E deixam de existir muitos julgamentos de valor e diferenciações que sustentam a nossa cultura.

Aqui me refiro, em primeiro lugar, à diferenciação entre o bem e o mal, certo e errado, escolhido e rejeitado, entre em cima e embaixo, alto e baixo, melhor e pior e finalmente entre vida e morte.

No entanto, nós continuamos a fazer essas distinções e também as vivenciamos como reais. Mas, elas não são igualmente pensadas e desejadas por esse espírito, assim como são?

Aqui temos que considerar que o passado e o que ainda está por vir não são a mesma coisa. O passado está a caminho daquilo que está por vir. Conseqüentemente, nós experimentamos um antes e um depois, um mais e um menos.

O que é este menos? O que é este mais? Trata-se de menos consciência e mais consciência. Encontramo-nos num movimento de menos consciente em direção a mais consciente. Encontramo-nos num movimento de menos consciente em sintonia com este espírito e o seu movimento abrangente, em direção a mais consciente em sintonia com o seu movimento. Portanto, para nós, existe um movimento de mais ou menos, que não é pensado por este espírito. Porque para ele não existe um mais ou um menos. Mesmo assim, este movimento de mais e menos é pensado por este espírito neste movimento, em tudo que ele nos traz. É pensado por ele para nós, dessa maneira, independente da experiência que nos impõe num caminho em direção a uma consciência maior.

Quem consegue adquirir esta consciência maior? Quem consegue obter essa sintonia maior com a consciência desse espírito? Podemos ser nós mesmos, pessoalmente? Podemos ser nós, unicamente nesta vida? Ou será que todas as pessoas, do passado, do presente e do futuro estão juntas neste caminho e atingirão essa consciência juntamente com todos os outros? Atingirão essa consciência juntamente com todas as experiências alguma vez feitas e com aquelas que ainda devem ser feitas por nós e por muitos outros, tanto nesta vida como em várias outras? Aqui, também, somente em conjunto?

A liberdade

Evidentemente nos sentimos livres em vários sentidos. Evidentemente nos sentimos responsáveis por nossos atos e suas conseqüências. Ao mesmo tempo, porém, sabemos que uma outra força, um poder espiritual que tudo movimenta, pensou, movimentou e quis a nossa liberdade e a nossa responsabilidade assim como a nossa culpa com todas as suas conseqüências, de tal forma que as vivenciamos como se fossem nossas.

Agimos, então, de forma diferente? Podemos agir de forma diferente? De onde devemos tirar a força para nos movimentarmos e agirmos de maneira distinta?

O que, então, nos resta fazer? Agir exatamente da mesma maneira como até agora e concordar com a nossa liberdade, a nossa responsabilidade, o nosso passado e a nossa culpa com todas as suas conseqüências como são e como as experimentamos.

Ao mesmo tempo, no entanto, nós as experimentamos como um mais em termos de sintonia consciente com este espírito que tudo movimenta. Nós as experimentamos também como uma consciência maior tanto para nós, como para todos os outros que carregam juntamente conosco as conseqüências da nossa liberdade e da nossa responsabilidade e que foram envolvidas nas conseqüências dos nossos atos e da nossa culpa.

Todas estas pessoas, portanto, experimentam o mesmo processo de maneira diversa. Fazem uma experiência diferente através do mesmo processo. Se perceberem ambos ao mesmo tempo – o fato de estarem livres e o fato de estarem presos – atingem um mais em consciência. Talvez também um mais em sintonia com esse espírito que tudo movimenta. Atingem um mais em consciência que os leva – assim como vários outros – um passo adiante em seu caminho em direção a consciência ampla.

A preocupação

Nesta dimensão espiritual a preocupação termina. Também a preocupação sobre o futuro da Hellinger Sciencia. Ela vem de um movimento do espírito, da forma com é pensada por esse espírito e permanece em movimento da maneira como esse espírito a pensa, independente do fato de alguém concordar com ela ou rejeitá-la. Enquanto ciência universal comprova sua verdade em ambos os casos, simplesmente através do seu efeito.

O que acontece, então com as preocupações que temos em relação ao futuro: em relação ao nosso futuro, em relação ao futuro de outras pessoas e em relação ao futuro do mundo? Essas preocupações não se revelam como tolas em todos os casos? Como se pudéssemos mudar ou impedir algo através delas? Seriam preocupações contra o movimento do espírito, como se estivessem independentes dele.

É diferente com as preocupações que temos em sintonia com o movimento desse espírito. Estas são preocupações provenientes de um cuidado que está a serviço do mundo, da maneira como o espírito as movimenta. Estas preocupações estão em sintonia com a preocupação e o cuidado do espírito. Estas preocupações estão em sintonia com as ordens da vida, também com seu inicio e seu fim.

O futuro

Em sintonia com o pensar desse espírito, para nós, qualquer futuro é agora. Este espírito pensa tudo agora. A preocupação por aquilo que vem a seguir termina na dimensão espiritual. Em sintonia com este movimento, tudo que vem a seguir se mostra para nós agora. Como existe algo que segue, existe para nós um futuro – um futuro, porém que acontece agora.

A Hellinger sciencia é uma ciência para o agora. Todas as suas compreensões atuam agora e atuam imediatamente. Qualquer resistência contra estas compreensões também atua agora e imediatamente. Nisso se mostra que a Hellinger Sciencia é uma ciência verdadeira. Uma ciência das nossas relações – agora.

O amor

No final a Hellinger Sciencia é uma ciência do amor, é uma ciência universal do amor. É a ciência do amor que inclui tudo da mesma maneira.

Como esse amor pode dar certo? Pode dar certo em sintonia com o pensar do espírito, que movimenta tudo da maneira como pensa. É um amor que se encontra em sintonia com o pensar do espírito, consciente do movimento desse espírito. Sabe como ama e como pode amar, pois em forma de compreensão adquire consciência sobre este amor em sintonia com a consciência de espírito. Assim sendo esse amor e essa consciência são puros. São puros por serem movidos por um outro pensar. Trata-se de um amor que conhece, um amor puro e conhecedor.

Portanto é também um amor criativo – criativo, porém, em sintonia com o pensar desse espírito. Assim sendo esse amor se torna uma ciência, uma ciência universal. Enquanto ciência universal atua de maneira universal. Atua por ser verdadeira.

Texto retirado do livro Hellinger Sciencia – O amor do espírito, Bert Hellinger, ed Atman

domingo, 25 de outubro de 2009

Constelaçao Familiar

Bert Hellinger desenvolveu seu método a partir de observações empíricas, fundamentadas em diversas formas de psicoterapia familiar, dos padrões de comportamento que se repetem nas famílias e grupos familiares ao longo de gerações.

Esse filósofo deparou-se com um fenômeno descortinado pela psicoterapeuta americana Virginia Satir nos anos 70, quando esta trabalhava com o seu método das “esculturas familiares”: que uma pessoa estranha, convocada a representar um membro da família, passa a se sentir exatamente como a pessoa a qual representa, às vezes reproduzindo, de forma exata, sintomas físicos da pessoa a qual representa, mesmo sem saber nada a respeito dela.

Esse fenômeno, ainda muito pouco compreendido e explicado, já havia sido descrito anteriormente por Levy Moreno, criador do psicodrama. Algumas hipóteses têm sido levantadas também utilizando-se da teoria de evolução dos "campos morfogenéticos", formulada pelo biólogo britânico Rupert Sheldrake.

De posse de detalhadas observações sobre tal fenômeno, Hellinger adquiriu experiência e, baseado ainda na técnica descrita por Eric Berne e aprimorada por sua seguidora Fanita English de “análise de histórias”, descobriu que muitos problemas, dificuldades e mesmo doenças de seus clientes estavam ligadas a destinos de membros anteriores de seu grupo familiar. Hellinger descobriu alguns pontos esclarecedores sobre a dinâmica da sensação de “consciência leve” e “consciencia pesada”, e propôs uma “consciência de clã” (por ele também chamada de “alma”-- no sentido de algo que dá movimento , que “anima”), que se norteia por “ordens” arcaicas simples, que ele denominou de “ordens do amor”, e demonstrou a forma como essa consciência nos enreda inconscientemente na repetição do destino de outros membros do grupo familiar. Essas ordens do amor referem-se a três princípios norteadores:

* 1 - a necessidade de pertencer ao grupo ou clã
* 2 - a necessidade de equilíbrio entre o dar e o receber nos relacionamentos
* 3 - a necessidade de hierarquia dentro do grupo ou clã

As ordens do amor são forças dinâmicas e articuladas que atuam em nossas famílias ou relacionamentos íntimos. Percebemos a desordem dessas forças sob a forma de sofrimento e doença. Em contrapartida, percebemos seu fluxo harmonioso como uma sensação de estar bem no mundo.
Como Funciona?

A “constelação familiar” consiste em um método no qual um cliente apresenta um tema de trabalho e, em seguida, o terapeuta solicita informações factuais sobre a vida de membros de sua família, como mortes precoces, suicídios, assassinatos, doenças graves, casamenos anteriores, número de filhos ou irmãos.

Com base nessas informações, solicita-se ao cliente que escolha entre outros membros do grupo, de preferência estranhos a sua história, alguns para representar membros do grupo familiar ou ele mesmo. Esses representantes são dispostos no espaço de trabalho de forma a representar como o cliente sente que se apresentam as relações entre tais membros. Em seguida, guiado pelas reações desses representantes, pelo conhecimento das "ordens do amor" e pela sua conexão com o sistema familiar do cliente, o terapeuta conduz, quando possível, os representantes até uma imagem de solução onde todos os representantes tenham um lugar e se sintam bem dentro do sistema familiar.

Nos anos recentes (2003-2005), Hellinger apurou sua forma de trabalho para um desenvolvimento ainda mais abrangente, que ele denominou de "movimentos da alma". Estes abrangem contextos mais amplos do que o grupo familiar, tais como o grupo étnico. Descobriu e descreveu ainda os efeitos das intervenções (chamado de “ajuda”) e os princípios que efetivamente norteiam a ajuda efetiva, criando assim também as chamadas “ordens da ajuda.

A abordagem apresenta uma vasta gama de aplicações práticas, devido aos seus efeitos esclarecedores no campo das relações humanas, como:

* melhoria das relações familiares
* melhoria das relações interpessoais nas empresas
* melhoria das relações no ambiente educacional

Tais aplicações deram início a abordagens derivadas, denominadas de constelações familiares.

Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Constela%C3%A7%C3%B5es_familiares"

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O encontro de si mesmo

Era uma vez, um menino chamado Adão. Adão era um menino alegre, simpático, ingênuo, íntegro, aventureiro e às vezes meio irresponsável.

Adão escutou falar, que existiam alguns caminhos, como o de Compostela por exemplo, que o levaria ao encontro de si mesmo. Ficou curioso e resolveu fazer a caminhada.

Para começar a viagem, Adão precisou dar forma ao que não tinha forma. Com sua criatividade, deu o impulso inicial. Adão rezou a Deus e pediu que o guardasse pelo caminho e o lembrasse sempre de manter seu corpo como um templo divino.

Iniciou sua jornada entrando no Mundo da dualidade e dos opostos. Como tudo era novidade para ele, aguçou sua intuição, manteve-se calado e se apegou a Torah (livro dos mandamentos dos judeus).

Passado a insegurança inicial, Adão começou a se sentir mais solto no caminho. Resolveu experimentar seu lado yin (feminino), usando sua criatividade e intuição juntos, colocando-os em atividade. Gostou do que viveu e deu mais um passo e pensou:

- Já que vivi o feminino e foi bom, por que não viver agora o masculino?

E foi o que fez. Assumiu a responsabilidade pelas necessidades materiais de todos que se encontravam ao seu lado. Expandiu seu campo de ação e continuou a caminhar.

Começou a achar que ser só responsável pela matéria não era suficiente, sendo assim, quis experimentar ensinar educação espiritual.

Adão experimentou caminhar como feminino, como masculino e descobriu que precisaria tomar uma decisão. Ficaria por ali mesmo em segurança ou se arriscaria a ir mais adiante? Resolveu continuar. Quando olhou para ele mesmo, viu um jovem maduro e não mais uma criança. Foi assim que Adão descobriu o livre-arbítrio, seria a partir de agora responsável pelas suas escolhas.

Continuando sua caminhada, Adão encontrou um carro puxado por dois cavalos. Subiu a bordo e tomou as rédeas, foi quando notou que cada cavalo puxava O Carro para um lado. Pensou em descer, mas usando sua intuição, soube que viajando naquele carro, se lembraria do caminho de volta para a casa de “Seu Pai”. Adão resolveu manter-se centrado e assim conseguiu equilibrar os cavalos.

Adão agora se encontrava inteiramente na vida. Precisou aprender a seguir regras e a manter o equilíbrio entre o bem e o mal. Teve que conhecer A Justiça dos homens. Intuitivamente soube que se fosse justo, conheceria A Justiça divina.

Adão se sentiu satisfeito com o que aprendeu e viveu. Mas algo dentro dele dizia que tinha muito mais, seria preciso um mergulho dentro dele mesmo se quisesse continuar.

Adão entrou em introspecção, viveu como um eremita, descobriu que todas as respostas estavam dentro dele mesmo, e o externo era só uma ilusão.

Mais sábio e com muita vontade de se auto-conhecer, Adão resolveu reiniciar sua caminhada. Porém, sabendo que precisará manter-se em equilíbrio para vencer os altos e baixos que encontrará pelo caminho.

Busca toda sua Força interior e resolve domar seus instintos, não mais esconder seus “defeitos”. Quer a partir de agora, ter muita paciência e amor para consigo mesmo.

O caminho começa a ficar complicado. Adão quer continuar, mas sabe que mais na frente terá que fazer uma limpeza em sua vida. Resolve dar um tempo, encontra uma árvore e se pendura de cabeça para baixo. Ficaria ali até o ar lhe faltar e ter coragem de enfrentar A Morte do ego.

Cansado da estagnação, Adão desceu da árvore e como não quis voltar para trás, foi de encontro à tão temida Morte. Muitos que estavam caminhando a seu lado, neste ponto resolveram voltar.

Encontrando A Morte, Adão pergunta o que deverá fazer. A Morte lhe diz que deverá limpar seu terreno de todas as ervas daninhas e preparar-se para um novo plantio. O ego precisará morrer. Mesmo com medo, Adão seguiu todas as instruções e foi quando se deparou com um anjo.

O anjo lhe disse que se chamava Temperança e a partir daquele momento seria seu condutor. Conduziria sua alma de encontro à totalidade, à unidade. Adão se animou, mas foi informado que primeiro ele teria que descer ao inferno, romper o ciclo vicioso de seus erros, acabar com dependências e vícios. Depois deveria quebrar o muro da Torre que aprisionava a sua alma, acabando assim com falsos conceitos e crenças.

Adão se encheu de coragem, desceu ao inferno, lutou com O Diabo, quebrou os muros de sua Torre e se viu livre. Sua consciência se expandiu e pôde ter noção do que era deixar de ser fragmentado. Enxergou de longe a unidade.

Neste momento oito estrelas apareceram no céu. Adão se encheu de esperança, com o novo fluindo em sua vida, novas idéias e novas oportunidades. Com o aparecimento das estrelas, Adão internamente soube que as leis agora que teria que seguir, se quisesse continuar, seriam as leis cósmicas. Seus olhos foram abertos interna e externamente.

Adão estava cansado, sentindo sua auto-estima baixa depois de tantos percalços, mas ao mesmo tempo sentia-se maravilhado e querendo muito seguir adiante.

O próximo passo do caminho seria transformar sua escuridão em “luz”, vencer sua imaginação, seus medos. Alguém lhe contou que esta era a pior parte do caminho. Que se ele não se mantivesse conectado a Deus e com muita fé, facilmente se perderia e beberia da água do esquecimento. Bebendo desta água, ele esqueceria tudo o que tinha aprendido e por onde tinha passado, e com amnésia, voltaria ao início da caminhada.

Adão se apavorou, mas logo se lembrou que um dos objetivos era de vencer seus medos. Centrou-se e rezou. Pediu que anjos e arcanjos o acompanhassem e de longe avistou O Sol.

Adão venceu a noite escura e O Sol banhou seu rosto. Dançou, cantou, deixou que sua criança interior viesse à tona. Adão se sentiu feliz e pela primeira vez se sentiu inteiro. Tinha encontrado com ele mesmo, e isto era muito bom.

Adão agora precisava da ressurreição, precisava renascer em novas bases. Era O Julgamento final. Sentia-se não só responsável por si mesmo, mas por toda a humanidade. Deixou a velha personalidade enterrada em um caixão e renasceu. Foi à vitória do divino sobre a matéria.

Adão entrou em êxtase.Sua aura se expandiu e se uniu à Deus. Foi o encontro com a totalidade,com a unidade, com si mesmo.


Extraído do livro "Tarô - O Caminho de Adão" - Thereza Ferraz - 2007

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O Segredo

Hoje recebi mais um daqueles emails onde "ensinam a gente a pensar bem positivamente para que um desejo se realize", me vem um sentimento que não conseguimos parar de andar em círculos, e o pior é que agora damos voltas em torno de nós mesmos. Sento em minha cama com o computador no colo e penso que agora não quero mais pensar, então como fazer para pensar positivamente?
Morro de rir, que sempre é o melhor remédio, e me volto para dentro de mim mesma que agora é de onde todos os meus pensamentos vem. Será que antes eu só pensava com a "cabeça", o local de onde vem meus pensamentos mudou, será que fui abduzida? E mesmo sôbre todas estas questões tenho preguiça de pensar, hahaha acho que endoidei e me sinto tão feliz e livre. É tão bom sentir a liberdade sem pensar sôbre ela, ser a liberdade é melhor ainda.
Outra coisa engraçada é que tenho passado por variações, só que eu não tenho mais variações de humor, ele é constante sem que eu seja constante, sabem de uma coisa, eu estou me achando o máximo, mesmo sem saber quem sou daqui a um instante.
A verdade é que a vida passou a ser maravilhosa, mesmo sem saber se estou "pensando positivamente", sei que a vida é boa e simples pra ser vivida, é só viver! Não importa se aprendemos que o dia tem 24 horas, quando você realmente vive o dia passa a não ter hora e acho que nem tem dia, temos o sol e a lua e todo o tempo do universo. Por falar em dia, que dia lindo está fazendo hoje, olho pro céu e sinto meu chakra da garganta pular e se identificar com sua cor e me abro a receber esta energia maravilhosa e assim simplesmente me sinto feliz.
Me lembro então do email recebido e percebo que este é o verdadeiro "O segredo", gente amo vocês, amo a vida e amo a mim mesma que sou vocês e a vida, beijos no coração.