domingo, 25 de outubro de 2009

Constelaçao Familiar

Bert Hellinger desenvolveu seu método a partir de observações empíricas, fundamentadas em diversas formas de psicoterapia familiar, dos padrões de comportamento que se repetem nas famílias e grupos familiares ao longo de gerações.

Esse filósofo deparou-se com um fenômeno descortinado pela psicoterapeuta americana Virginia Satir nos anos 70, quando esta trabalhava com o seu método das “esculturas familiares”: que uma pessoa estranha, convocada a representar um membro da família, passa a se sentir exatamente como a pessoa a qual representa, às vezes reproduzindo, de forma exata, sintomas físicos da pessoa a qual representa, mesmo sem saber nada a respeito dela.

Esse fenômeno, ainda muito pouco compreendido e explicado, já havia sido descrito anteriormente por Levy Moreno, criador do psicodrama. Algumas hipóteses têm sido levantadas também utilizando-se da teoria de evolução dos "campos morfogenéticos", formulada pelo biólogo britânico Rupert Sheldrake.

De posse de detalhadas observações sobre tal fenômeno, Hellinger adquiriu experiência e, baseado ainda na técnica descrita por Eric Berne e aprimorada por sua seguidora Fanita English de “análise de histórias”, descobriu que muitos problemas, dificuldades e mesmo doenças de seus clientes estavam ligadas a destinos de membros anteriores de seu grupo familiar. Hellinger descobriu alguns pontos esclarecedores sobre a dinâmica da sensação de “consciência leve” e “consciencia pesada”, e propôs uma “consciência de clã” (por ele também chamada de “alma”-- no sentido de algo que dá movimento , que “anima”), que se norteia por “ordens” arcaicas simples, que ele denominou de “ordens do amor”, e demonstrou a forma como essa consciência nos enreda inconscientemente na repetição do destino de outros membros do grupo familiar. Essas ordens do amor referem-se a três princípios norteadores:

* 1 - a necessidade de pertencer ao grupo ou clã
* 2 - a necessidade de equilíbrio entre o dar e o receber nos relacionamentos
* 3 - a necessidade de hierarquia dentro do grupo ou clã

As ordens do amor são forças dinâmicas e articuladas que atuam em nossas famílias ou relacionamentos íntimos. Percebemos a desordem dessas forças sob a forma de sofrimento e doença. Em contrapartida, percebemos seu fluxo harmonioso como uma sensação de estar bem no mundo.
Como Funciona?

A “constelação familiar” consiste em um método no qual um cliente apresenta um tema de trabalho e, em seguida, o terapeuta solicita informações factuais sobre a vida de membros de sua família, como mortes precoces, suicídios, assassinatos, doenças graves, casamenos anteriores, número de filhos ou irmãos.

Com base nessas informações, solicita-se ao cliente que escolha entre outros membros do grupo, de preferência estranhos a sua história, alguns para representar membros do grupo familiar ou ele mesmo. Esses representantes são dispostos no espaço de trabalho de forma a representar como o cliente sente que se apresentam as relações entre tais membros. Em seguida, guiado pelas reações desses representantes, pelo conhecimento das "ordens do amor" e pela sua conexão com o sistema familiar do cliente, o terapeuta conduz, quando possível, os representantes até uma imagem de solução onde todos os representantes tenham um lugar e se sintam bem dentro do sistema familiar.

Nos anos recentes (2003-2005), Hellinger apurou sua forma de trabalho para um desenvolvimento ainda mais abrangente, que ele denominou de "movimentos da alma". Estes abrangem contextos mais amplos do que o grupo familiar, tais como o grupo étnico. Descobriu e descreveu ainda os efeitos das intervenções (chamado de “ajuda”) e os princípios que efetivamente norteiam a ajuda efetiva, criando assim também as chamadas “ordens da ajuda.

A abordagem apresenta uma vasta gama de aplicações práticas, devido aos seus efeitos esclarecedores no campo das relações humanas, como:

* melhoria das relações familiares
* melhoria das relações interpessoais nas empresas
* melhoria das relações no ambiente educacional

Tais aplicações deram início a abordagens derivadas, denominadas de constelações familiares.

Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Constela%C3%A7%C3%B5es_familiares"

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O encontro de si mesmo

Era uma vez, um menino chamado Adão. Adão era um menino alegre, simpático, ingênuo, íntegro, aventureiro e às vezes meio irresponsável.

Adão escutou falar, que existiam alguns caminhos, como o de Compostela por exemplo, que o levaria ao encontro de si mesmo. Ficou curioso e resolveu fazer a caminhada.

Para começar a viagem, Adão precisou dar forma ao que não tinha forma. Com sua criatividade, deu o impulso inicial. Adão rezou a Deus e pediu que o guardasse pelo caminho e o lembrasse sempre de manter seu corpo como um templo divino.

Iniciou sua jornada entrando no Mundo da dualidade e dos opostos. Como tudo era novidade para ele, aguçou sua intuição, manteve-se calado e se apegou a Torah (livro dos mandamentos dos judeus).

Passado a insegurança inicial, Adão começou a se sentir mais solto no caminho. Resolveu experimentar seu lado yin (feminino), usando sua criatividade e intuição juntos, colocando-os em atividade. Gostou do que viveu e deu mais um passo e pensou:

- Já que vivi o feminino e foi bom, por que não viver agora o masculino?

E foi o que fez. Assumiu a responsabilidade pelas necessidades materiais de todos que se encontravam ao seu lado. Expandiu seu campo de ação e continuou a caminhar.

Começou a achar que ser só responsável pela matéria não era suficiente, sendo assim, quis experimentar ensinar educação espiritual.

Adão experimentou caminhar como feminino, como masculino e descobriu que precisaria tomar uma decisão. Ficaria por ali mesmo em segurança ou se arriscaria a ir mais adiante? Resolveu continuar. Quando olhou para ele mesmo, viu um jovem maduro e não mais uma criança. Foi assim que Adão descobriu o livre-arbítrio, seria a partir de agora responsável pelas suas escolhas.

Continuando sua caminhada, Adão encontrou um carro puxado por dois cavalos. Subiu a bordo e tomou as rédeas, foi quando notou que cada cavalo puxava O Carro para um lado. Pensou em descer, mas usando sua intuição, soube que viajando naquele carro, se lembraria do caminho de volta para a casa de “Seu Pai”. Adão resolveu manter-se centrado e assim conseguiu equilibrar os cavalos.

Adão agora se encontrava inteiramente na vida. Precisou aprender a seguir regras e a manter o equilíbrio entre o bem e o mal. Teve que conhecer A Justiça dos homens. Intuitivamente soube que se fosse justo, conheceria A Justiça divina.

Adão se sentiu satisfeito com o que aprendeu e viveu. Mas algo dentro dele dizia que tinha muito mais, seria preciso um mergulho dentro dele mesmo se quisesse continuar.

Adão entrou em introspecção, viveu como um eremita, descobriu que todas as respostas estavam dentro dele mesmo, e o externo era só uma ilusão.

Mais sábio e com muita vontade de se auto-conhecer, Adão resolveu reiniciar sua caminhada. Porém, sabendo que precisará manter-se em equilíbrio para vencer os altos e baixos que encontrará pelo caminho.

Busca toda sua Força interior e resolve domar seus instintos, não mais esconder seus “defeitos”. Quer a partir de agora, ter muita paciência e amor para consigo mesmo.

O caminho começa a ficar complicado. Adão quer continuar, mas sabe que mais na frente terá que fazer uma limpeza em sua vida. Resolve dar um tempo, encontra uma árvore e se pendura de cabeça para baixo. Ficaria ali até o ar lhe faltar e ter coragem de enfrentar A Morte do ego.

Cansado da estagnação, Adão desceu da árvore e como não quis voltar para trás, foi de encontro à tão temida Morte. Muitos que estavam caminhando a seu lado, neste ponto resolveram voltar.

Encontrando A Morte, Adão pergunta o que deverá fazer. A Morte lhe diz que deverá limpar seu terreno de todas as ervas daninhas e preparar-se para um novo plantio. O ego precisará morrer. Mesmo com medo, Adão seguiu todas as instruções e foi quando se deparou com um anjo.

O anjo lhe disse que se chamava Temperança e a partir daquele momento seria seu condutor. Conduziria sua alma de encontro à totalidade, à unidade. Adão se animou, mas foi informado que primeiro ele teria que descer ao inferno, romper o ciclo vicioso de seus erros, acabar com dependências e vícios. Depois deveria quebrar o muro da Torre que aprisionava a sua alma, acabando assim com falsos conceitos e crenças.

Adão se encheu de coragem, desceu ao inferno, lutou com O Diabo, quebrou os muros de sua Torre e se viu livre. Sua consciência se expandiu e pôde ter noção do que era deixar de ser fragmentado. Enxergou de longe a unidade.

Neste momento oito estrelas apareceram no céu. Adão se encheu de esperança, com o novo fluindo em sua vida, novas idéias e novas oportunidades. Com o aparecimento das estrelas, Adão internamente soube que as leis agora que teria que seguir, se quisesse continuar, seriam as leis cósmicas. Seus olhos foram abertos interna e externamente.

Adão estava cansado, sentindo sua auto-estima baixa depois de tantos percalços, mas ao mesmo tempo sentia-se maravilhado e querendo muito seguir adiante.

O próximo passo do caminho seria transformar sua escuridão em “luz”, vencer sua imaginação, seus medos. Alguém lhe contou que esta era a pior parte do caminho. Que se ele não se mantivesse conectado a Deus e com muita fé, facilmente se perderia e beberia da água do esquecimento. Bebendo desta água, ele esqueceria tudo o que tinha aprendido e por onde tinha passado, e com amnésia, voltaria ao início da caminhada.

Adão se apavorou, mas logo se lembrou que um dos objetivos era de vencer seus medos. Centrou-se e rezou. Pediu que anjos e arcanjos o acompanhassem e de longe avistou O Sol.

Adão venceu a noite escura e O Sol banhou seu rosto. Dançou, cantou, deixou que sua criança interior viesse à tona. Adão se sentiu feliz e pela primeira vez se sentiu inteiro. Tinha encontrado com ele mesmo, e isto era muito bom.

Adão agora precisava da ressurreição, precisava renascer em novas bases. Era O Julgamento final. Sentia-se não só responsável por si mesmo, mas por toda a humanidade. Deixou a velha personalidade enterrada em um caixão e renasceu. Foi à vitória do divino sobre a matéria.

Adão entrou em êxtase.Sua aura se expandiu e se uniu à Deus. Foi o encontro com a totalidade,com a unidade, com si mesmo.


Extraído do livro "Tarô - O Caminho de Adão" - Thereza Ferraz - 2007

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O Segredo

Hoje recebi mais um daqueles emails onde "ensinam a gente a pensar bem positivamente para que um desejo se realize", me vem um sentimento que não conseguimos parar de andar em círculos, e o pior é que agora damos voltas em torno de nós mesmos. Sento em minha cama com o computador no colo e penso que agora não quero mais pensar, então como fazer para pensar positivamente?
Morro de rir, que sempre é o melhor remédio, e me volto para dentro de mim mesma que agora é de onde todos os meus pensamentos vem. Será que antes eu só pensava com a "cabeça", o local de onde vem meus pensamentos mudou, será que fui abduzida? E mesmo sôbre todas estas questões tenho preguiça de pensar, hahaha acho que endoidei e me sinto tão feliz e livre. É tão bom sentir a liberdade sem pensar sôbre ela, ser a liberdade é melhor ainda.
Outra coisa engraçada é que tenho passado por variações, só que eu não tenho mais variações de humor, ele é constante sem que eu seja constante, sabem de uma coisa, eu estou me achando o máximo, mesmo sem saber quem sou daqui a um instante.
A verdade é que a vida passou a ser maravilhosa, mesmo sem saber se estou "pensando positivamente", sei que a vida é boa e simples pra ser vivida, é só viver! Não importa se aprendemos que o dia tem 24 horas, quando você realmente vive o dia passa a não ter hora e acho que nem tem dia, temos o sol e a lua e todo o tempo do universo. Por falar em dia, que dia lindo está fazendo hoje, olho pro céu e sinto meu chakra da garganta pular e se identificar com sua cor e me abro a receber esta energia maravilhosa e assim simplesmente me sinto feliz.
Me lembro então do email recebido e percebo que este é o verdadeiro "O segredo", gente amo vocês, amo a vida e amo a mim mesma que sou vocês e a vida, beijos no coração.